Ser
membro do corpo de Cristo! Eis um pedido de longa data feito por sacerdotes e
por muitos dos que trabalham com afinco na igreja.
Pensando
como alguém que já tem uma caminhada, isso parece até relativamente praticável,
mas a magnitude desta decisão aos poucos vai se perdendo ao longo da caminhada
cristã.
Tantos
são os afazeres e tão mecânicas se tonam nossas ações, que não nos damos conta
de muitas vezes nos soltamos do tronco, que nos desprendemos dos galhos e
caímos ao chão e murchamos.
É
o tronco que recebe o alimento através das raízes, mas precisa absorver a luz
por meio das folhas. Cristo é a raiz dessa imensa árvore que é a vida. Temos a
vida se formos alimentados por essa raiz, mas recebemos a luz, que é nossa fé e
damos a Ele para que esse ciclo seja completado. Quando nos soltamos dos galhos
para voar sozinhos secamos porque não enviamos mais a luz para a raiz nos
alimentar. O tronco estará lá, mas nós não. O tronco é a nossa alma, a folha é
o nosso corpo e os galhos prendem nosso corpo à nossa alma.
Mas
uma folha não pode se prender ao galho novamente. É preciso que ela murche e seque
completamente e seja absorvida pela raiz para ganhar vida nova, para brotar do
galho e ser constantemente alimentada, e assim, ajudar a gerar frutos.
O
amor de Deus nos permite isso, permite que renasçamos, que vejamos a luz
novamente. Pode até parecer tentador se soltar da árvore e se deixar levar pelo
vento, permitir-se viver outras experiências, mas sem o alimento que essa raiz
nos fornece, secamos e morremos.
Quando
se corta uma árvore e não se mata a raiz, os galhos recomeçam a brotar, a vida
recomeça, ainda que com outro formato, mas resiste e recomeça. Cristo não deixa
de nos fornecer o alimento para a vida, somos nós que cortamos nossa árvore,
somos nós que resolvemos nos soltar dos galhos. Até mesmo o vento que pode nos
levar longe uma hora deixa de soprar e vai nos deixar cair, mas podemos sempre
voltar à raiz viver de novo, viver de verdade, viver para sempre.
Paz
e bem e seja feliz!